“Na comunicação judicial, tem que haver uma intimação à empresa telefônica para que ela cesse a interceptação. Até a empresa ser intimada, a interceptação telefônica tem validade, daí para frente não”, disse Janot ao desembarcar de trem em Paris nesta tarde, vindo da Suíça. “A empresa telefônica não vai adivinhar que houve suspensão na interceptação.
Segundo um documento da Polícia Federal, o diálogo entre Lula e Dilma foi interceptado às 13h32 da quarta-feira, praticamente duas horas depois do juiz Sérgio Moro, que comanda as investigações da Lava Jato, ter determinado, às 11h20, o encerramento dos grampos telefônicos ligados a Lula.
Janot declarou que, por estar no exterior, não tomou conhecimento ainda do horário em que a operadora telefônica foi notificada da decisão do juiz Moro. “É isso que tem de olhar, o horário correto. Estou na Europa, tenho de olhar os dados, checar tudo isso”, afirmou o procurador-geral.